quarta-feira, 13 de abril de 2011

FILOS - Pensamento Mítico

Quem eram os Titãs?


Às vezes gigantescos, em outras muito parecidos com os homens, os titãs vieram ao mundo um pouco antes dos deuses. A chegada desses últimos deu início a uma violenta guerra, que durou dez anos. Liderados por Zeus, os deuses obtiveram uma vitória suada e prenderam os titãs nas profundezas.

Prometeu ,um titã, escapou do destino cruel porque ajudou a turma adversária. Mas terminou igualmente punido. De acordo com a mitologia, ele roubou o fogo de Zeus e o entregou aos mortais. Por isso, ficou preso num rochedo e todos os dias era visitado por uma águia, que comia um pedaço de seu fígado.

Oceano

Era o titã mais velho, representado por um grande rio que corria em volta de toda a Terra (então considerada plana), demarcando suas fronteiras. Oceano teria gerado todos os rios, riachos e fontes existentes

Céos

Um titã obscuro, que tem importância apenas na construção da árvore genealógica dos deuses gregos, principalmente por ter sido avô de Apolo (deus das profecias, da medicina e da música) e de Ártemis (deusa da caça e da vida selvagem)

Crios

Outro titã secundário, sem grande destaque na mitologia grega. Os textos lendários revelam apenas que Crios se casou com Euríbia, sua meia-irmã, filha de Gaia com Ponto, outra divindade que representava o mar

Hipérion

Era, provavelmente, uma divindade de origem pré-helênica, que acabou absorvida pela mitologia grega, aparecendo como um dos 12 titãs. Hipérion era identificado com as forças solares

Jápeto

É importante na mitologia por causa de alguns de seus filhos. Um deles foi Atlas, que enfrentou Zeus na titanomaquia e, ao ser derrotado, recebeu como castigo a missão de carregar o mundo nas costas. Outro foi Prometeu, criador dos mortais

Cronos

Cronos é um Deus grego, ele é representado como velho homem de cabelos brancos e barba longa. Também é considerado como "Senhor do Tempo" e foi o último titã a nascer de Urano e Gaia.

Tétis

Em alguns textos épicos, esse titã aparece como a deusa da fertilidade, simbolizando a capacidade geradora e fecundante das águas. Também, não é para menos: de sua união com o irmão Oceano nasceram milhares de filhos

Téia

Por ter se unido ao irmão Hipérion, também costuma ser identificada como uma divindade solar. Téia teve três filhos: Hélio (que seria o próprio Sol), Selene (a Lua) e Éos (a aurora)

Febe

Conhecida como "a luminosa", ela se uniu ao irmão Ceos e teve uma filha chamada Letó, que seria um dos amores de Zeus e daria à luz dois importantes deuses gregos: Apolo e Ártemis

Reia

Essa titã era irmã e mulher de Crono, a quem conseguiu enganar, evitando que seu filho Zeus fosse engolido por ele. Quando Zeus nasceu, Réia deu uma pedra para Crono engolir no lugar do recém-nascido. Ela foi mãe também de outros deuses, como Poseidon (deus do mar) e Hades (rei do mundo subterrâneo)

Mnemosine

A deusa da memória foi a quinta esposa de Zeus e mais uma das tias titãs que ele escolheu com quem procriar. Dessa união nasceram as nove Musas, deusas da literatura e das artes - como poesia, música e dança.

Têmis

Deusa da justiça e da sabedoria, ela foi a segunda esposa de Zeus. Segundo alguns textos mitológicos, Têmis inventou os oráculos e os rituais religiosos. Antes do surgimento de Apolo, ela era chamada também de “deusa das profecias”.

Os Deuses Primordiais

Os deuses primordiais (que nasceram primeiro) da mitologia grega eram as divindades que existiram antes de tudo, ou seja, que surgiram no momento da criação, e cujas formas constituem a estrutura básica do universo. O primeiro deles surgiu do nada, e os outros nasceram dele.

É interessante ressaltar que a tempos atrás só eram dito como os principais deuses 12 e, com o tempo, se formou mais 2, e assim hoje podemos dizer que são 10 os principais Deuses Primordiais.

Caos

A primeira divindade a surgir no universo, portanto o mais velho dos deuses. A natureza divina de Caos é de difícil entendimento, devido às mudanças que a idéia de "caos" sofreu com o passar das épocas. Caos, primeiramente foi tido como o AR, só que mais tarde passou a ser visto como uma mistura de todos os elementos juntos.

Gaia

Gaia, a mãe de todos os Deuses, simbolizava a Terra. Ela seria a Segunda Divindade Primordial nasceu logo após Caos. Teria uma natureza forte, por fazer surgir Urano, Pontos e as montanhas.

Tártaro

Assim como Gaia era a personificação da Terra e Urano a personificação do Céu, Tártaro era a personificação do Inferno. Nele estavam as cavernas e grutas mais profundas e os cantos mais terríveis do reino de Hades, o mundo dos mortos, para onde todos os inimigos do Olimpo eram enviados e onde eram castigados por seus crimes. Lá os Titãs foram aprisionados por Zeus (Júpiter), Hades (Plutão) e Poseidon (Neptuno) após a Titanomaquia.

Urano

Era um deus grego que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua mãe. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica, e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica.

Érebo

Érebo ou Erebus era a personificação da escuridão, mais precisamente o criador das Trevas. Tinha seus domínios demarcados por seus mantos escuros e sem vida, predominando sobre as regiões do espaço conhecidas como “Vácuo” logo acima dos mantos noturnos de sua irmã Nix, a personificação da noite.

Nix

A deusa grega Nix era a personificação da noite. Era filha do Caos, o que a torna uma das primeiras criaturas a emergir do vazio. Isso significa que Nix era irmã de algumas das mais antigas divindades da mitologia grega, incluindo Erébo (a Escuridão), Gaia (a mãe Terra), Tártaro (Trevas abismais) e Eros (o amor da criação). Dessas forças primordiais sobreveio os demais deuses gregas. Nix era responsável por dar origem aos filhos divinos.

Hemera

Hemera – filha de Nix (a noite) com Erebo (deus da escuridão) – era personificação do dia (a deusa é interligada ao fato mitológico de poder ter sido a primeira deusa a representar o sol). Teve um romance com seu irmão Éter e com ele teve uma filha, Tálassa. Unida a este, também gerou seres não antropomorfizados: Tristeza, Cólera, Mentira, etc.

Éter

Era, na mitologia grega, a personificação do conceito de "céu superior", o "céu sem limites", diferente de Urano). Era o ar elevado, puro e brilhante, respirado pelos deuses, contrapondo-se ao ar obscuro, que os mortais respiravam, sendo deus desconhecido da matéria, em consequência as moléculas de ar que formam o ar e seus derivados.

Ponto

Era o antigo deus pré-olímpico do mar, na mitologia grega, que, tal como Urano, nasceu por partenogénese de Gaia, a Terra.

Tálassa

Foi, na mitologia grega, uma deusa primordial do mar, filha de Éter e Hemera. Ela era a personificação feminina do mar Mediterrâneo.

Com Pontos, ela foi a mãe da ninfa Hália, às vezes também do Gigante Egeon, a personificação do mar egeo, dos nove Telquines e de todos os peixes e seres do mar.

Quando o sêmen de Urano a fecundou, ela teve Dione, a deusa das ninfas. Outra versão coloca Dione como uma das oceânides e essa mesma versão coloca Tálassa como mãe de Afrodite com Urano.

Os Deuses do Olimpo

Os deuses era considerados seres superiores, de força inigualável cada deus tinha sua esfera de controle, a sua principal tarefa no planeta terra era de suma responsabilidade, sendo assim eram imortais, mais no momento em que sua função já não existisse, eles tinham a liberdade de escolher em existir ou não.

Existiam dezenas de deuses que eram adorados nas cidades gregas. Os mais famosos eram 12 e todos viviam no Olimpo. Cada um tinha uma personalidade própria e qualquer um podia enviar desgraça caso os mortais, aqui na Terra, não lhe dedicassem oferendas e sacrifícios. Os 12 Deuses famosos eram:

Zeus (Júpiter)

Governava os deuses no olimpo e protegia a Grécia. Mandava a chuva, o vento e a neve e era o senhor dos trovões. Os seu simbolos eram o carvalho e a águia. Os jogos olimpicos realizavam-se em sua honra.

Hera (Juno)

Era a terçeira mulher de Zeus. Protegia as mulheres e as mães. o seu casamento nem sempre foi feliz porque Zeus apaixanava-se por outras mulheres. Seus símbolos eram o romã e o pavão.

Hermes (Mercúrio)

Filho de Zeus e Maia, era o mensageiro dos deuses, inventou a lira, e o pugilismo e as corridas. Protegia os mercadores e viajantes e conduzia os mortos para o mundo subterrâneo. O seu símbolo era o caduseu alado.

Ares (Marte)

Filho de Zeus e Hera, era odiado pelos deuses. Era o deus da guerra; não das batalhas que Atena amava, mas da destruição cega e brutal. Ia para guerra acompanhado pelo seus filhos, seus símbolos eram medo e susto.

Hefesto (Vulcano)

Filho de Zeus e de Hera, era o ferreiro aleijado dos deuses. Ensinou aos homens o uso do fogo para trabalhar os metais e era o protetor dos ferreiros. Os seus símbolos eram o martelo e a tenaz.

Segundo a mitologia, Hefesto não nasceu deformado, ficou assim de fato, momentos depois de seu nascimento, quando ele acidentalmente, caiu do olimpo.

Apolo (Febo)

Filho de Zeus e de Leto, era o deus da luz, da saúde e da morte repentina. Dava conselhos a os homens. Protegia os lavradores, os colonos e os músicos. Seus símbolos eram a lira e o loureiro.

Atena (Minerva)

Filha de Zeus e de sua primeira mulher, Nétes era a deusa da sabedoria. Protegia os heróis e os artesãos, encinava os homens a domar cavalos e enventou o torno do oleiro. Os seus símbolos eram a coruja e a oliveira.

Afrodite (Vênus)

Prima de Zeus era a mais bela das deusas. Era, ciumenta, esposa de Hefesto. Como deusa do amor, protegia todos os amantes. Era a deusa dos jardins.

Dionisio (Baco)

Deus do vinho, das festas e do êxtase. O seu símbolo é a pantera e a videira. Filho de Zeus e da mortal Sémele.

Poseidon (Neptuno)

Deus do mar e dos terremotos, era irmão de Zeus, segurava um tridente e sempre era visto com cavalos, animal que só existira pelo fato dele mesmo os criar, fazendo assim, com que o cavalo se tornasse seu símbolo, tendo como regalia, a dom de poder conversar com tais, segundo indícios; dava para se saber qual era seu humor com o estado da movimentação das águas.

Hades (Plutão)

Deus dos mortos, dos Infernos e das riquezas da terra. Símbolos: Elmo da Escuridão, um bidente, e um crânio. Filho do Titã Cronos e de Reia. Irmão de Zeus e Poseídon.

Héstia (Vesta)

Deusa virgem do lar e da lareira. Símbolo: Lareira. Filha de Cronos e Reia, e irmã de Zeus.

Ártemis (Diana)

Deusa virgem da caça e da lua. Símbolos incluem o veado e o arco. Irmã gémea de Apolo, filha de Zeus e de Leto.

Deméter (Ceres)

Deusa da fertilidade, agricultura, natureza e estações do ano. Símbolos: papoila. Filha de Cronos e Reia, irmã de Zeus.

Eros e Anteros, amor e ódio entre irmãos

Anteros

Na mitologia grega, Anteros era filho de Afrodite com Ares e irmão de Eros. É o deus da ordem e foi criado por um pescador, seus poderes são dar ordens e as pessoas obedecerem. Este deus surgira do momento em que Ares perguntara a Têmis por que Eros não crescia, foi-lhe respondido que a razão estava na falta de um companheiro. Vênus, então, tivera como segundo filho Anteros, e o deus do amor começara a crescer.

Anteros (Anti-Eros) é irmão de Eros e a antitese de Eros, seu adversário no mundo divino. Anteros é a antipatia, a aversão. Ele tem todos os atributos opostos de Eros: Eros une, Anteros separa, desune e desagega. Tão forte e poderoso quanto Eros, Anteros impede que se confundam os seres da natureza dissemelhante.

Se algumas vezes semeia em torno de si a discórdia e o ódio, prejudica a afinidade dos elementos, e pelo menos a hostilidade que entre eles cria, contém cada um nos limites marcados evitando que a natureza caia novamente no caos.Também conhecido como o deus do amor recíproco.

Eros

Eros é o deus grego do amor, também conhecido como Cupido (Amor, em latim).

Apesar de sua excepcional beleza ser altamente valorizada pelos gregos, seu culto tinha modesta importância.

As primeiras representações artísticas de Eros o mostram como um belo jovem alado, com traços de menino, normalmente despido, e portando arco e flecha. Eventualmente ele aparece nos mitos como um simples garoto brincalhão, lançando suas flechas em deuses e humanos, enquanto gradualmente vai perdendo seu status entre os deuses.

Na Teogonia, de Hesíodo, Eros era uma das quatro divindades nomeadas como originais. As outras três eram o Caos, Gaia (a mãe-terra) e o Tártaro (o poço negro sob a terra).

"Aquele que é o amor, o mais belo entre os imortais, que tira a força dos membros: aquele que, em todos os deuses, em todos os seres mortais, sobrepuja a inteligência em seus peitos e todo os seus planos retalhados."

Hesíodo nada mais fala desse deus, e tampouco ele aparece em Homero. Posteriormente, foi associado firmemente à Afrodite, como seu filho, tendo como pai o deus Ares, aparecendo em diversas alegorias mitológicas.

Com o tempo ocorreu um favorecimento de sua representação na forma plural dos Erotes (Eros, Pothos e Himeros) em lugar da sua forma única, enquanto ele passava do ambiente mitológico para a esfera das artes.

Entre os gregos Himeros era a personificação divina do desejo, enquanto Pothos representava a saudade. Como companheiros de Eros (o Amor), aparecem frequentemente no séquito de Afrodite.

CONCLUSÃO

É interessante a reação do ser humano quando o assunto se trata de seres mitológicos, e de fato, pode-se negar que tal reação não tem fundamento, pois o seu contexto inicial (que é a formação do universo), não tem a lógica necessária para ser aceita no mundo atual.

Mas, por mais irracionais que suas teorias tenham sido, algo pôde ser compreendido, como o fato de que o poder de suprir as suas necessidades tenha chegado a tamanhas proporções.Também é possível comparar a sua maneira de entendimento com as de um filósofo, pois o que eles realmente queriam, era a explicação dos fenômenos naturais, como a formação de relâmpagos, as estações e tudo o mais.

Um meio bem interessante para que seja feita uma apuração no fato da necessidade do ser humano em entender coisas que o mundo não deixava esclarecido, é a história da caverna, que foi um recurso que Platão teve para expressar seu pensamento.

Essa história relata sobre pessoas que ficaram acorrentadas em uma caverna desde a infância, viradas de costas para a entrada, tendo como visão os fundos da caverna, onde não havia grande luminosidade. Na caverna havia uma lareira, o que permitia que as pessoas pudessem ver apenas a sombra das coisas que havia na parte de fora. Certo dia, uma dessas pessoas, foi libertada e, no momento em que ela saiu, ficou quase cega, mas, aos poucos, acabou conseguindo enxergar direito, no momento em que ela viu como eram as cores, e toda a variedade de sons e formas, imediatamente, voltou para a caverna para contar tudo aos seus companheiros.

Para Platão, esse homem pode ser comparado aos filósofos em seu trabalho de ensinar a verdade às outras pessoas, era uma maneira de dizer que vemos só a sombra da verdade que habita o mundo das idéias.

Portanto, a importância desse estudo, e da própria mitologia, é a da busca racional pelas mesmas respostas e pelas tantas outras, formando dúvidas, idéias, perguntas que necessitavam desesperadamente por respostas, respostas que poucas vezes eram obtidas. Assim, o homem necessitou utilizar termos considerados absurdos para saciar a sua fome por conhecimento, formando assim os deuses. Talvez ainda hoje a religião seja um mito e ainda hoje existem muitas coisas que demorarão para serem esclarecidas. À essa formação de idéias chamamos de FILOSOFIA.

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